Um dia no trabalho
''Chego Cansado, sento na mesa.
Meu olho coça, não sinto a presteza dos homens.
A gravata me aperta o pescoço, o coração está
nos amores perdidos da minha adolescência.
Bebo água,café, nada melhora. Ouço sons que nem sei o que são.
Riem ao longe. Como tarda a passar o dia.
Para onde foram meus sonhos? Para onde foi o meu dia?
Rabisco no papel o desenho da minha vida, um vazio tão grande digno da lixeira mais próxima.
Subo até o terraço do edifício. Vou pular. Vou ser livre. O coração pula.
Nisso vejo um cachorro, todo esgarçado, sujo, velho e mequetrefe na rua. Parece ser espreguiçar e dorme com uma temperança que é difícil explicar. Paro, repenso tudo e vejo que uma simples imagem como essa pode me fazer ter fé num mundo que não me quer.
Desembrulho aquele papel da lixeira.
Está na hora de escrever de novo.''
''Um dia no trabalho'' (Pai Poeta)
Para onde foram meus sonhos? Para onde foi o meu dia?
Rabisco no papel o desenho da minha vida, um vazio tão grande digno da lixeira mais próxima.
Subo até o terraço do edifício. Vou pular. Vou ser livre. O coração pula.
Nisso vejo um cachorro, todo esgarçado, sujo, velho e mequetrefe na rua. Parece ser espreguiçar e dorme com uma temperança que é difícil explicar. Paro, repenso tudo e vejo que uma simples imagem como essa pode me fazer ter fé num mundo que não me quer.
Desembrulho aquele papel da lixeira.
Está na hora de escrever de novo.''
''Um dia no trabalho'' (Pai Poeta)