Poesia & Filosofia
Ela
Minha mulher acorda com o brilho da manhã de sol
Refletida nos seus cabelos
E eles ficam mais loiros e brilhantes resplandecendo
No alvorecer do dia
Sua energia feminina me fortalece na manhã ensolarada
Que surge no horizonte
Um pássaro colorido e doce pousa no meu ombro e sussurra
Num átimo no meu ouvido numa linguagem enigmática: vai
Amá-la vai amá-la ... Vai amá-la.
Brasília-DF 09 de abril de 2024
Renan Lins
Destino
Ó destino que me espera.
Ó destino que me alcança.
Seja brando e amigável,
seja franco e inabalável.
Ó destino ainda infante
estude bem minha alegoria.
Seja humilde no agouro,
seja farto na alegria.
Um amigo na penumbra.
Uma voz na escuridão.
Ó destino indefinido
seja pródigo no perdão.
Que a dor no coração seja finita.
Que a água no alforje seja, mais pura.
Ó destino que me alcança
seja humilde na tortura.
Ó destino indefinido
cresça forte mas astuto,
seja esperto senão rude,
seja repleto de brandura.
Ó destino dos mortais.
Ó destino tão voraz.
Seja pequeno na avareza
dos amores não frugais.
CUNHA, Renan. Pai Poeta. 2011, pág.165
Canecas de Vinho
Duas canecas de vinho
brilham perdidas sobre uma mesa redonda.
Extremos da diagonal que une
o nada à indiferença.
Trazem no álcool e no sabor
a chance de mudar meu mundo e minha dor.
Duas canecas de vinho
brilham perdidas sobre uma mesa redonda.
CUNHA, Renan. Pai Poeta. 2011, pág.167