Coco, Asneira
Uma asneira,
Um asno caminha solitário,
Bolinhas verdes traçam a linha reta
Na sua traseira rotunda,
Bolhas de emoções,
Dívidas emocionais que
Pululam na sua alma
requentada
Confetes explodem, mas
a hora mesmo é essa!
Bofetada! Bofetada!
O Asno de orelha baixa
Bem merece
Narinas dilatadas, a lama
que suas patas pesadas levantam
Ele respira
A mente é uma pasta amorfa
O Coração, antes cheio de
Arroubos juvenis
Agora já bate como Pêndulo assustado
A boca do homem asno
Está entreaberta e ferve
A cabeça gira para trás e
Vê no, coração as bolinhas verdes
A mente asquerosa pensa que são gotas, pérolas gigantes ou guloseimas
As patas estancam a marcha
Para observar o verme
Sábio que é. Solerte - à frente caminha independente o mágico.
Renan Lins Alves da Cunha I Pai Poeta